é a vida, vulnerável, tremulamente riscada e tenazmente arriscada na vontade de a compreender e manter firme, nesse hirto virtuoso, assaz curioso, a dar ares de poderoso. Entre-o-pode-e-não-pode, o tem-te e não-caias, raia a imensidão incerta, no trémulo pontão e serena escuridão, que não deixa perceber se é para andar, se é para ficar, para cair ou erguer. E assim, por entre os pingos da chuva, rompemos e permanecemos na caminhada alada. Umas tantas vezes no fio da navalha, por onde calha, a suster portes, a pedir sortes, e fracos ou fortes, gemendo e rogando, andando, tentando não cair até ao fim de um caminho encurtado.
Do livro, ESTRANHOS DIAS À JANELA, EXCERTO DO CONTO "VULNERABILIDADES", de Mário Jorge
Branquinho
Pintura sobre acrílico, autor desconhecido, "A àrvore da Vida"
4 comentários:
Não conheço o autor, mas gostei do texto. Acho que andamos assim "gemendo e rogando, andando, tentando não cair até ao fim de um caminho encurtado."
Um beijo, minha Amiga.
Viva Graça, gosto pela tua visita...
O autor, é de Seia, responsável pela Casa da Cultura da CMS.
O livro foi apresentado o ano passsado na Feira do Livro.
Beijinhos
Ana
~~~
Está muito interessante este 'post', Ana.
Ótima semana.
Beijinhos
~~~~
Belas são as flores dos desertos
Enviar um comentário