quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Haja esperança....


Fotografias de Cheg-Ran
.... para Angola, para os homens e crianças vendidos em regime de escravatura, para os explorados , oprimidos e torturados da humanidade. 

Século XXI. Quem diria?

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

O concerto a que não vou dia 1... Boa semana

Ser avó e morrer e ressuscitar de amor.

Então, por esse amor, ofereci o meu bilhete a coração amigo , deixo que os papás do Gabriel vão de ferias, e fico a ouvir na "vitrola" Vicente, e sei que o petiz vai gostar...

sábado, 25 de novembro de 2017

"Pedro para sempre Fizeste-me tão feliz, Pedro, tantas vezes. A tua felicidade — amar a família, as pessoas, as coisas, os jornais, as músicas, as discordâncias, os amigos — sobrava para a nossa."

Eu gostava do Pedro como radialista, lia---o menos.... A sua morte,  quase inesperada, para mim, fez-me sentir tão triste. 
Não imaginava que as vozes que fazem parte da nossa vida na rádio, ao se calarem para sempre, deixassem um vazio tão grande. E, era novo.
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Pedro, isto já não vais ler. Já não me importo tanto. Vão ler as pessoas que te amam. Estou aqui para lhes dizer quanto tu as amavas. Não te calavas com a tua mãe, Maria João. Éramos os dois apaixonados pelas nossas mães: havia meninos mais mimados pelas mães? Eu nunca conheci.
Chegavas tu. Passávamos horas a contar histórias das nossas mães e não era naquele género competitivo da tua mãe ser melhor do que a minha. Reconhecíamos que, a partir do mais alto nível, as mães não podem ser melhores do que já são.
(continua AQUI) 
CRÓNICA DE MIGUEL ESTEVES CARDOSO, JORNAL PÚBLICO DE HOJE

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Nascer, viver, até que....




Se, depois  de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
                                                         Não há nada mais simples.
Tem só duas datas - a da minha nascença e da minha morte.
                            Entre uma e outra cousa todos os dias são meus.

                                                                                       Alberto Caeiro
Daniel Blaufuks , fotografia

terça-feira, 14 de novembro de 2017

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

O rito do sossego.... numa bela receita

   Poucos conhecem, e menos ainda reconhecem, a eficácia da cura que passarei a explicar. Mas é talvez a única receita que nunca desilude. Quis chamar-lhe cura do rosto, porque não há quem não tenha na memória um grupo não muito grande de caras cuja visão produz alegria.
   O rito do sossego é o seguinte. Duas cadeiras e uma mesa, um patê de fígado de aves, torradas de pão fresco e de trigo integral, uma garrafa gelada de vinho de Sauternes, e diante de ti a cara do amigo, da  amiga, o rosto que conheces, um dessses que só de vê-los nos devolvem a calma.
   O patê lembra aos amigos que são carne. O pão não os deixa esquecer que tudo nasce da terra e tudo a ela regressa. O espírito do vinho de Sauternes aviva o que mais nos põe vivos: a possibilidade de unir os pensamentos.

RECEITAS DE AMOR PARA MULHERES TRISTES, de Héctor Abad Faciolince

Pintura de Felix Vallotton

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Leituras breves mas profundas... ou prazenteiras

    A única noite, disse alguém, é a da insónia, a noite passada em branco. Não se guarda memória das noites dormidas. Assim é o amor: o mais inolvidável é o que nunca foi. 
   Como para a insónia, também o esquecimento existem xaropes e mezinhas. Mas são ambos remédios sem discernimento. Uns far-te-ão dormir tanto (sem sonhos e sem sono) que será como morrer. Com os outros não esquecerás ,  se os tomares, aquilo que queres esquecer: esquecerás tudo, quer tenha sido excelente ou desagradável.
   Não te revelo, pois, as minhas beberagens para o sono e para 
o esquecimento. Possuem o mesmo efeito da cicuta.


Do livro, RECEITAS DE AMOR PARA MULHERES TRISTES, de Héctor Abad Faciolince, 
colombiano

Escultura de Sérgio Pombo, que faz parte de uma exposição patente no CCC.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Perante tudo o que acontece , só vos posso" deixar um verso"

Heri Matisse, 1942




leonor de teles não podia pensar o prazer
porque não existia em linguagem
maneira de exprimi-lo. devia ser óptima na cama e era tudo.

Vasco Graça Moura , elegia para uma gaivota


Boa noite a quem passa e a vida chama por mim. Sim, há mais para lá do aqui e agora.

sábado, 4 de novembro de 2017

Bom fim de semana

Desenho de Man Ray
Para bem da cidade do país da cultura
é preciso encontrar o casal fugitivo
que inventou o amor com carácter de urgência


Daniel Filipe, A Invenção do Amor

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Novembro com Sol

"Icarus", de Henri Matisse

Ícaro-Ícaro-
A minha Dor, vesti-a de brocado, 
Fi-la cantar um choro em melopeia, 
Ergui-lhe um trono de oiro imaculado, 
Ajoelhei de mãos postas e adorei-a. 

....

(excerto de poema de José  Régio)