domingo, 31 de dezembro de 2017

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Mudam-se as vontades , os gostos, ou a moda reinventa-se ?


Impossível fugir à cusquice real. Qualquer "bom "jornal ou TV promove os "abensonhados" noivos.
 A alguns encontros com pessoas da minha idade que não vejo há muito, como antigos colegas de liceu da Figueira da Foz,  o prazer de relembrar o que estava adormecido. Eu,  chamo de SUDOKU afectivo.
Hoje, ao ver esta fotografia dos noivos, talvez numa visita oficial, o casaco de Meghan , fez-me lembrar o meu casaco de noiva. A minha roupagem de dia de casamento . 
Um casaco lindo de morrer, escolhido por mim e minha mãe na revista francesa JOURS DE FRANCE ou ELLE , feito com carácter de urgência ( a noiva não estava grávida....), por uma grande modista da Figueira, que só o fez por ser quem era, e eu não era princesa....  , mas já era próximo do Natal, e a Dona Maria José  gostava muito de mim.
 Casaco que na 1ª prova , na companhia do noivo, ia fazendo acabar o casamento que durou 12 anos. ( como dizia a família, " os artistas são esquisitos... ). Casaco com muitos pontos e pespontos , tantos como a vida dá. 
Mas , ao que eu quero chegar. Ao fim de 44 anos , idade da minha fotografia , os noivos reais em termos de moda, não são nada diferentes dos reais noivos do sec. XXI.(1973 // 2017).
Quando subia o Chiado e ía à Brasileira, eu uma novata moradora em Lisboa , em principio de vida, via algumas mulheres olharem ostensivamente para mim. Ficava admirada e perguntava . "Será que olham para o meu casaco????"
Ao que,  o já marido,  respondia com o seu sentido de humor e vai-da-de. "olham para ti a ver se me vêem. " 
Até o noivo tem ares de Harry..... , mas todo mediterrânico.

UMA HISTÓRIA DE FIM DE ANO,  SEM CARTOLA

domingo, 17 de dezembro de 2017

"Natal genuíno" de aldeia de Cabeço, Serra da Estrela, entre Seia e TorreEsta semana








Esta semana, o Expresso Diário pesponteou-nos  com uma reportagem sobre a aldeia de Cabeço, na Serra da Estrela, entre Seia e Torre, sobre o seu Natal comunitário enfeitado unicamente com produtos da terra . Foi uma das aldeias também sofredora com os fogos mas as suas mulheres não ficaram de braços cruzados sem deixar de cumprir a tradição do Natal,  já sobejamente conhecido.
Depois do terço, as mulheres reuniram-se numa associação onde trabalharam os enfeites interiores e exteriores da sua aldeia. 
Por memórias afectivas , sinto já o cheiro das lareiras e do fumo que sai das chaminés e se espalha destas aldeias beirãs.  
Deixo-vos um video de 2015. Vejam atá ao fim, e vão gostasr.
Bom fim de semana.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017



AO ROSTO VULGAR DOS DIAS
Monstros e homens lado a lado,
Não à margem, mas na própria vida.

Absurdos monstros que circulam
Quase honestamente.

Homens atormentados, divididos, fracos.
Homens fortes, unidos, temperados.

Ao rosto vulgar dos dias,
À vida cada vez mais corrente,
As imagens regressam já experimentadas,
Quotidianas, razoáveis, surpreendentes.

Imaginar, primeiro é ver.
Imaginar, é conhecer, portanto agir.
Alexandre O`Neill, No reino da Dinamarca

Pintura de artista japonês

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Vanhinê no te Tiarê (A Mulher da Flor)



" Eu trabalhava febrilmente, duvidando de que não fosse duradoira aquela vontade. Retrato de mulher: Vahinê no te Tiarê (A mulher com flor). Trabalhava depressa e com paixão. Foi um retrato parecido com aquilo que aperceberam os meus olhos velados pelo meu coração. Acima de tudo julgo que ficou parecido com o interior, esse fogo forte de uma pujança contida. Trazia uma flor na orelha, e esta ouvia-lhe o perfume. Na sua majestade, nas suas linhas sobre-elevadas, o rosto lembrava uma frase de Poe: «Não existe beleza perfeita sem alguma singularidade nas proporções»
Noa Noa, de Gauguin, uma edição & etc, 1977

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Leituras breves . A minha escolha


O mar na Figueira da Foz

". O que nos distingue dos demais seres vivos, o que está na origem da 'cultura humana'? O sentimento,"tradutor" na mente das situações (afetos) que vivemos, responde Damásio. O sentimento é, pois, "a personagem central do livro". Mas não só, como ele explica à Clara: "É também central uma coisa que me preocupa muito, o presente estado da cultura humana. Que é terrível. Temos o sentimento de que não está apenas a desmoronar-se, como está a desmoronar-se outra vez e de que devemos perder as esperanças visto que da última vez que tivemos tragédias globais nada aprendemos. O mínimo que podemos concluir é que fomos demasiado complacentes, e acreditámos, especialmente depois da Segunda Guerra Mundial, que haveria um caminho certo, uma tendência para o desenvolvimento humano a par da prosperidade. Durante um tempo, acreditámos que assim era e havia sinais disso”.



Leio isto e dou-me conta que Dorothy (Judy Garland) cantou nos écrans precisamente no ano em que a Segunda Guerra Mundial começava na Europa. Acreditando que "somewhere, over the rainbow", haveria um mundo melhor - quando o pior ainda nem tinha vindo. É definitivamente uma canção com 78 anos que merece (voltar a) ser título. Ora experimente ouvi-la enquanto, ao longo do dia, consulta o site do Expresso, da Tribuna ou da Blitz. Lá para as 18h, quando a tempestade já estiver longe e a frente polar a chegar, sai "quentinho" para as redes o Expresso Diário.Tenha um dia bom."


Em Expresso Curto de hoje


sábado, 9 de dezembro de 2017

Oração das Mães palestinas e israelitas



Está acontecendo um pequeno grande milagre quase completamente ignorado pelos meios de comunicação: milhares de mulheres judias, muçulmanas e cristãs tem caminhado juntas em Israel pela paz. Em um novo vídeo oficial do movimento "Women Wage Peace", a cantora israelita Yael Deckelbaum canta a canção "Prayer of the Mothers", junto a mulheres e mães de todas as religiões, mostrando que o mundo está mudando e deve mudar. Um milagre todo feminino que vale mais que mil palavras. Compartilhe! Shalom! Salam! Peace! Paz!💟

OXALÁ
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A vida não é para ser vivida à espera que a tempestade passe,
mas para aprender a dançar com a chuva

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Como os preços vão inflacionar ... Estremoz e o seu barro

Sempre acalentei o desejo de ter um presépio de barro de Estremoz.
Como acalentei o desejo de ter ficado com bonecos que ajudei a adquirir e sem os quais fiquei , de Mistério.  Velha história,  de quem parte e reparte e não fica com a melhor parte é tolo ou não tem arte. Quando é dado a chance de repartir , claro. 
 Restam-me umas "Alminhas", que vi fazer e pintar, numa viagem a aldeia do Mistério, para os lados de Barcelos. Dupla relíquia. 
Mas , sei que se tudo correr bem, o meu neto Gabriel , poderá herdar uma bela colecção de bonecos de Estremoz, agora Património Imaterial da Humanidade.

Ler AQUI

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Olhares....

"Ce qui a vraiment un sens dans l'art, c'est la joie. Vous n'avez pas besoin de comprendre. Ce que vous voyez vous rend heureux ? Tout est la."
Costantin Brancusi


Pintura de Luciana La Marca

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

As coisas do frio ... Boa semana

Durante o dia até está calor. Mas aqueles graus de sol que nos aquecem as pernas pagam-se caros. Estão a condicionar-nos para o f***. Tiramos a camisola para mais avidamente ir à procura dela, mal o sol começa a cair de tão gasto, lá para as cinco da tarde, quando o f*** acorda para nos enregelar o corpo e a vida e a própria esperança.


Pintura de Félix Vallotton



Excerto da crónoca de Miguel Esteves Cardoso, AQUI



Excerto da crónica de Miguel Esteves Cardoso , AQUI