quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Poema - Hoje, ao olhar para a TV...


Andamos presos por (es)molas...
E os Alexandres, os O `Neills, por onde andam?
Fui buscar o meu... "Poesias Completas".


Entre a Cortina e a Vidraça

Vem o tempo de varejeiras
entre a cortina e a vidraça
O tempo assim à minha beira!
Que é que se passa?

E eu, que estava tâo enredado
nos braços do eternamente,
nos lacetes do já passado,
sou esfregado contra o presente.

A varejeira é nacional.
Terei assim de preferi-la?
Ora! É a mosca-jornal
- e já agora vou ouvi-la...

5 comentários:

Justine disse...

Faz-nos falta a ironia corrosiva do O'Neil, sempre tão certeiro!

Manuela Freitas disse...

Olá,
Como dizia o poeta, «há mar e mar, há ir e voltar» e agora eu digo, também há «mar à vista», a lembra-nos de um grande poeta, muito «sui-generis»! Aprovo o que disse a Justine, faz falta um poeta tão corrosivo, como o O'Neil.
Beijinhos,
Manuela

Anónimo disse...

Os poetas corrosivos infelizmente parecem ter desaparecido.
Boa esta recordação do grande O'Neil

Mar Arável disse...

Boa memória

Bj

Isaflores disse...

A corrosão é precisa na poesia para nos acordar...
:))