terça-feira, 13 de setembro de 2011

Marinheiro e Rapariga, 1928, de A. Negreiros
Os modernistas aproveitaram os temas e objetos populares introduzindo no contexto do "reaportuguesamento de Portugal" e mesmo o autor do fulgurante Manifesto Anti-Dantas não deixou de produzir interessantíssimos testemunhos pictóricos de grande carga onírica evocando o universo do Fado e da guitarra portuguesa.
De facto ,se na obra Fadistas sobressai a ironia subjacente ao traço caricatural, no desenho Marinheiro e Rapariga concluído em Paris em 1923, a representação do universo fadista faz-se associar á faina marítima.



O próprio Almada afirmaria na sua Histoire du Portugal par Coeurem 1919. Tejo, lombada do meu poema aberto em páginas de Sol... Portugal é o último coração europeu antes do Mar. Nós temos todos os rios de que tínhamos necessidade. O Tejo é o maior; nasce em Espanha, como outros, mas não quis ficar lá(...) Nós també temos varinas que vão pelas ruas como barcos sobre o Mar. Têm o gosto do sal. Nas canastras transportam o Mar

In,catálogo de Ecos do Fado da Arte Portuguesa de XIX a XXI

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei muito. Obrigado!
Francisca