terça-feira, 31 de maio de 2011

Help me...

Só agora aqui cheguei e fiquei envergonhada.
Nos findos anos 60 princípio de 70, punha-se em causa o ter filhos para o fascismo.
Hoje produzem-se filhos em nome de que "ismo"?
Estou a precisar de ajuda...

Arte sacra, Nossa Senhora do Ó

Aqui vai pois... O Maio...

Maio findou...

James Ensor, (1860-1949), As tentações de Santo António

Quem em Maio não merenda, aos finados se encomenda.
(provérbio)


E hoje de fome se voltou a falar....

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Uma campanha é sempre uma campanha....




Mentira
Entre nós, a mentira é um hábito público. Mente o homem, a política, a ciência, o orçamento, a imprensa, os versos, os sermões, a arte, e o país é todo ele uma grande consciência falsa. Vem tudo da educação.

Eça de Queiroz, Uma Campanha Alegre


Quanto a mim, nem toda a mentira vem da educação e da instrução. É um observatório diário.
Verdade ou mentira?

Notícias houve que me trouxeram até aqui... ouçam


Contar um mal é tornar-lhe a sentir a amargura...

Cinema, sempre...

Filme surpresa de um domingo tranquilo... "A Minha Versão do Amor"

Ele é politicamente incorreto. Impulsivo. Irascível. Destemido. Mas, como qualquer pessoa, procura o amor… sem saber. Assim é Barney Panofsky (Paul Giamatti), um produtor de televisão fanático por hóquei e que diz sempre mais do que aquilo que deve. Uma viagem comovente pelas suas memórias e vivências, sucessos e fracassos, amores e desamores. Vai resistir a conhecer Barney?
Assim foi, não fosse o tão temido Alzheimer que o levou a outras paragens...
Se ainda não viram, não percam... está em poucas salas.
Paul Giamatti tem uma magistral interpretação que me fez recuar ao seu papel em "SIDEWAYS" em que decreve com precisão cada um dos vinhos que se dedicou a provar para demonstrar e fugir aos seus fracassos e a um casamento...

domingo, 29 de maio de 2011

Quem és tu assim tão simples? E tu quem és afinal? A nobreza da cidade, aldeia de Portugal...



Poema do Eu

Pensamos demasiadamente
Sentimos muito pouco
Necessitamos mais de humildade
Que de máquinas.
Mais de bondade e ternura
Que de inteligência.
Sem isso,
A vida se tornará violenta e
Tudo se perderá.

Charles Chaplin

Pintura de Paul Delvaux e o seu universo onírico

Domingo, Estoril Jazz



1h24m. Ouço o primeiro e último noticiário de um sábado que já entrou no domingo...
A chuva bem quer varrer esta campanha suja, mas não há água que a limpe...
E, os meus sentidos, viraram se para o artista francês Jacques Mahe de la Villeglé por associação de ideias das suas colagens e o momento que se vive...

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Hoje, no Estoril Jazz Festival

Há sempre um "mas"...

Pintura de Jim Dine, Tools
Gosto das crónicas diárias de Hugo Gonçalves no jornal "i".A de hoje é mais uma sobre a qual somos muitos a refletir e poucos a praticar... Devia ser um sentimento mais burilado para que fossemos mais perfeitos.
Como alguém dizia :-"eu só invejo duas espécies de pessoas, as que são contemplativas e vivem no campo, longe da vida social, ou as que vão viajar." Ou seja, uma" inveja "saudável, menos venenosa...
Vamos lá a usar as ferramentas necessárias para mudar "a atitude".

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A cantiga é uma arma...

A canção A canção, expressão da melancolia, do amor, do entusiasmo, só morrerá se estes sentimentos morrerem; ela é, como o suspiro,como o grito,um dos movimentos naturais da alma.
Os tristes, os deserdados, os pobres, os oprimidos, quando tudo lhes falta, o pão, o lume, o vestido, têm sempre, no fundo da alma, uma cantiga pequena que os consola, que os aquece, que os alegra. É a última coisa que fica no pobre.


E então a cantiga vale mais do que todos os poemas.

Reflexões de Eça de Queiroz, numa outra época, ideologia, experiência, mas sempre atuais...


A encerrar um ciclo de tertúlias no Martinho da Arcada houve pequenos momentos de ouro e grandes oradores , homens sapientes daquilo que estavam a falar... e a cantar. Tema " A Guerra Colonial - Cantigas de Resistência".
Surpresas houve. No fim Michel com o seu acordeão cantou "Le deserteur"de Boris Vian e de seguida José Mário Branco cantou-a com tradução e adaptação à nossa língua pátria. Pouca gente sabia deste pequeno tesouro...

Assim aconteceu na terça feira...

Poeta ensina ao carteiro o significado da palavra metáfora

quarta-feira, 25 de maio de 2011

... ainda em Maio que está a findar, a poesia


Mas se amo os teus pés
É só porque andaram
Sobre a terra e sobre
O vento e sobre a água,
Até me encontrarem.

Nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.

Pablo Neruda

Pintura de Berg Van Denfreek, Afternoon drink in the garden

terça-feira, 24 de maio de 2011

Rifão Quotidiano


Eu, prefiro continuar a ouvir este rifão quotidiano, mesmo já tendo sido colocado algumas vezes no MàV. Os outros agridem sem dó nem piedade...

Tempo de nêsperas...



Dizia Santo Agostinho que " O mundo é um imenso livro do qual aqueles que nunca saem de casa lêem apenas uma página".
E assim continua a ser...


Pinturas de Carlos Scliar, pintor brasileiro (1920-2001)





domingo, 22 de maio de 2011

sábado, 21 de maio de 2011

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Era assim... mas já não é




19 de Maio era um dia de festa cá em casa.

Comiam-se as primeiras cerejas. Agora há flores e a festa continua.

As cerejas virão num outro tempo, ou seja, no tempo delas...




Vincent Van Gogh ,vase with red puppies, 1886






Está tudo explicado...

DSK já pode vir a ser presidente dos franceses..

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Uma prendinha...

Azul, de Adolph Gottlieb, (1903-1974)



Para a mdsol do bnb (clicar), porque está muito feliz... e, quem a não conhece, veja porquê.

Vida, e a luta pela mesma...




A propósito do post anterior e de comentários amigos, ao estar entre leituras achei piada a este escrito do eterno Eça ao refletir sobre a vida...



A luta pela vida

Enfim, meu filho, a luta pela vida! Luta bem vã, quando se empreende com uma pena na mão, em língua portuguesa. Todo o meu erro foi, quando era moço e forte, não estabelecer uma mercearia, para o que, aliás, tenho jeito e gosto. Estava agora gordo e sossegado como o toicinho que cobriria o meu balcão, e quando tu por lá aparecesses eu diria com deleciada superioridade: «Oh, Senhor Conde, temos agora aí um queijinho que é de se lhe arrebitar a orelha». E seria o céu aberto. Mas, enfim, agora é tarde para chorarmos sobre carreiras erradas...



Eça de Queiroz, Correspondência (1897)



Mas esta reflexão também poderia vir a propósito do que PPC pensa das novas opotunidades...

Vidas...


Pintura de Harold Gilman, Mother and Child


Eu bem queria estar quieta, fora do bloguer, mas não deixa de haver uma certa compulsãozinha... Acabo de ver a votação e participar nela ,sobre : "acha que os pais devem sustentar os filhos adultos?"E não é que o"não" vai à frente.

Isto é malicioso. E ponho em dúvida de género de quem saiu a votação...

O inquérito vem a propósito de uma notícia de ontem no DN que diziam haver cada vez mais jovens a pôr os pais em tribunal, instigados pelas mães, porque estes param com a pensão de alimentos quando os filhos atingem a maior idade.

Pergunto. Quem é o jovem/adulto que está no mercado de trabalho aos 18 anos e não na continuação de uma carreira académica normal?

Tenho cá para mim e sei do que falo, que os papás têm medo louco que as mamãs comprem um geladinho com a "parca"pensão de alimentos que lhes cabe neste "latifúndio" que é criar um filho...

Alertem, mas não manipulem...

Quarta feira , dia de feira...



segunda-feira, 16 de maio de 2011

domingo, 15 de maio de 2011

Nem para todos o fim de semana foi bom...



Cá, como lá e um pouco por todo o lado , no melhor pano ou no pano que nós pensamos ser o melhor, cai uma nódoa enorme. Algumas delas, com pena nossa ou para sorte dos prevaricadores , nunca chegam a ver a luz do do dia ou então ficam-se pela penumbra...
Diz Seixas Santos que França está em estado de choque
.(aqui)no Duas ou três coisas.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Bom fim de semana...



O crash do bloguer enfiou-me (nos)um enorme barrete e quase susto... e levou-me os ùltimos posts, entre eles, um que tanto me agradou, o de homenagem ao galardoado com o prémio Camões. A ele voltarei um dia destes.
Por hoje, fiquem-se com os desejos de um bom fim de semana e um "dicton" para mim recorrente.
(Afinal o perdido, vi agora que foi recuperado... Viva a engenharia...informática, claro.)
Quem pela hera passou, e uma folha não arrancou, do seu amor não se lembrou...

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Manuel António Pina, parabéns...Sempre foi uma estrelinha na minha vida!





Junto à água



Os homens temem as longas viagens,
os ladrões da estrada, as hospedarias,
e temem morrer em frios leitos
e ter sepultura em terra estranha.
Por isso os seus passos os levam
de regresso a casa, às veredas da infância,
ao velho portão em ruínas, à poeira
das primeiras, das únicas lágrimas.

Quantas vezes em
desolados quartos de hotel
esperei em vão que me batesses à porta,
voz de infância, que o teu silêncio me chamasse!

E perdi-vos para sempre entre prédios altos,
sonhos de beleza, e em ruas intermináveis,
e no meio das multidões dos aeroportos.
Agora só quero dormir um sono sem olhos

e sem escuridão, sob um telhado por fim.
À minha volta estilhaça-se
o meu rosto em infinitos espelhos
e desmoronam-se os meus retratos nas molduras.

Só quero um sítio onde pousar a cabeça.
Anoitece em todas as cidades do mundo,
acenderam-se as luzes de corredores sonâmbulos
onde o meu coração, falando, vagueia.


De, "Um Sítio Onde Poisar a Cabeça"


Manuel António Pina (aqui)
Pintura de Felix Valloton

"Póstroika" - não resisti... apesar de gostar de coisas mais bonitas para este espaço..



Por aqui chove...
Dizem que aí escalda... e de que maneira.

"Um Tempo que Passou"... hoje apeteceu pensar o continente

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Momentos de ouro... (continuação)





A beleza natural desta ilha é emocionante. A mãe natureza encarrega-se das coisas mais deslumbrantes que despertam os sentidos e quase nos obrigam a um recolhido silêncio.
Notícias da noite. TVi. O deslumbramento do Manuel,menino nascido surdo, que com 7 meses recebeu um implante auditivo e ouviu os primeiros sons.Emocionante a sua reação ao som, quase um susto, que lhe fez verter lágrimas...
Outro milagre, mas este de natureza e esforço humano que vai dar o prazer ao Manuel de ouvir dizer:- Amo-te, meu filho.
( Na minha vida profissional tive durante 4 anos uma aluna surda/muda, a Cátia, que foi a alegria da minha sala de aula, pela inteligência e esforço ,terapias e muito amor de pais e professores. Está uma mulher. Um dia destes vou saber dela)

Era - Gregorian

Momentos de ouro...












Bom, o meu teste de resistêcia nos 13 Km feitos na Levada do Caldeirão Verde. (aqui) . Estou fresca como uma alface que o seja...

A emoção da sua beleza superou as dificuldades e aventura. Só assim se pode compreender melhor a história do Funchal.

E... para alegrar a neutralização de 30m, lá apareceu o tentilhão á busca das migalhas perdidas ou oferecidas...

terça-feira, 10 de maio de 2011

Eu até não gostava muito de Max... mas hoje, aqui e agora gosto de tudo...

Aqui, a festa é outra... a da mãe natureza


Porto Santo, fotografado

"...Nascem nas viagens sem mapas que a juventude arrisca
Nascem na sementeira da vida adulta
Entre invernos e primaveras maturando
a misteriosa transformação que coloca na haste a flor
e dentro da flor o perfume do fruto (...)

De José Tolentino de Mendonça, 1963






domingo, 8 de maio de 2011

Ver para crer... e amanhã já é outro dia...

"Perfumes are the feelings of flowers"
Heinrich Heine (1797-1856)







"Une fleur est un être entièrement poètique"


Novalis " 1797-1081)



Fim de exposição floral...


A emoção ficou comigo, as lágrimas correram.... E, veio-me à memória, o tempo de professora em que um "histórico" vereador da cultura, do tempo " Amar Lisboa"... nos fazia desfilar pelas ruas de Lisboa, pelo Carnaval, zona histórica, com as crianças mais bem caraterizadas de Lisboa, porque o bairrismo é assim...

No Funchal e arredores há muitas crianças... Sinónimo, quem sabe de um futuro ainda mais promissor.

Amanhã a paisagem será outra...

Uma organização e logística irrepreensíveis.


(clicar nas fotos para aumentar)