sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Bom fim de semana...































Por vezes, num quadro, gosto mais da parte do que do todo... assim acontece com o trabalho de Armanda Passos.






















Casa dos avós de Sophia... entre a cor do antigamente o rosa velho (para amostra) e o branco doentio de uma bela casa vazia mas bem recuperada ... Não dá para imaginar nada do que Sophia M. B. Andersen lá possa ter vivido.

Uma exposição de Armanda Passos um pouco perdida na grandiosidade do espaço. A casa fica integrada no atual Jardim Botânico da Cidade do Porto, no Campo dos Alegres. Local aprazível

Festa do cinema francês em Serralves...



De 19 a 23 de outubro.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A vida vista do lado dos nossos heróis anónimos....

















Os heróis quase anónimos que guardam por sua conta e amor o seu património local que faz as delícias de quem os visita. Ver aqui a sua história de vida. Deles, que os conheci há semanas, jamais esquecerei. Dona Rosa está á vossa vista.
E, para os festejar um destes dias em boa companhia beberei o Espumante de Murgalheira que fica nesta região.

Momentos de ouro, pois então...




terça-feira, 27 de setembro de 2011

Os riscos do nosso património... uma pena

Penso que um tunel na Madeira daria pra recuperar este bizarro mosteiro , de arquiteturas várias, semi abandonado, digo semi pois agora tem um jovem arqueólogo que orienta a visita deste gigantesco mosteiro e igreja. Por lá existe a placa de obras de conservação da CEE... obra pouco visível. Para mais, pode ver aqui, e, se não conhecem , vale a pena a viagem nesta altura do ano.







Bairro judeu medieval em Salzedas


Viagem histórica por este património único , inestimável e em degradação total....
Ver aqui.

sábado, 24 de setembro de 2011

Music on the road...

Momentos de ouro...



Momentos de ouro passados para os lados de Lamego...

A casa que se vê ao lado da mulher de capuchinha foi onde viveu o grande etnólogo Leite de Vasconcelos. Ver aqui . Ucanha, bem ao lado do Mosteiro de S. João de Tarouca. A não perder...







sexta-feira, 23 de setembro de 2011

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Não há bela sem senão....






Estive na Madeira em maio, pela Festa da Flor. Fiquei admirada com o crescimento da dita Ilha.


Mais admirada com maneira como se falava abertamente de Jardim ou da maneira como não se podia falar devido ao caciquismo local.


Foi-me dito, que os que lhe estão na retaguarda, e possíveis sucessores, são ainda bem piores.


Soube-se mais tarde que esta mesma Festa e outras que polulam todos os quinze dias, foram pagas com o dinheiro enviado do continente para a ajuda das cheias de 2010.


Soube em Agosto por alguém bem perto do "sistema" que o buraco da dívida era três vezes superior ao que estava anunciado. Não era mentira...


Por lá, circulam barcos de piratas, e também as lindas levadas, nubladas e escarpadas....


Haverá candidatos a levar este velhaco pirata e alguns camarilhas seus para um passeio ecológico?



BRRRRRRRRRRRRR.....






Pela porta da entrada, claro. E, o dia aqui é seu...


ERA UMA VEZ disse...
...............não adianta trazeres os dias vestidos de calor
como se fosse pino de verão
não me enganas Setembro
não me enganas
conheço-te os sinais
a vinha virgem do paredão que amarela e cai

e mais
as bagas alaranjadas
que avisto da janela do meu quarto
aquele arrepio de manhã
quando espreito o dia
eu sei que andas por perto
discreto
disfarçado
consolador de um verão intermitente
mas não me enganas não
As montras da cidades aqueceram
e mostram cachecois de lã
ninguém os compra eu sei
...mas estão lá

e as uvas
que dizer das uvas?
douradas ou não
deliciosas
doces demais
e na banca do mercado
as batatas doces e as nozes
a espreitar de lado

calor muito calor
como se tudo estivesse a começar
mas não
definitivamente
com grande pena minha
o verão está de partida

estás a chegar...eu sei
és o Outono do ano
és o Outono da vida

22 de Setembro de 2011 00:21
Era Uma Vez... é uma amiga do Mar à Vista.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Despedidas de verão e pinceladas caseiras do outono que está aí....





Da praia da Azarujinha para a minha casa...


Entre o prazer do entardecer ensolarado e o recanto das minhas mil e uma noites...


Momentos de ouro...


Quem assim vê a vida, em perfeito movimento, poderá sentir-se infeliz? Há quem me diga que sim...

(as minhas fotos, ontem)
Ontem, falei de "fadas" à querida Mafaldinha... mas, ao continuar a leitura com que Antero nos quis surpreender , cheguei a duas estrofes que cairam na calha para as fadas más que por aí pululam e quase nos cobrem de "mau olhado", como diria a minha avó, de raíz popular..."a menina está a chorar... é mau olhado... há que tirar o quebranto"... e, o ritual acontecia. Água, azeite e oração.
E quando a sua netinha se calava depois da dita reza e benzidela, dizia: "Ela é tão linda, que quem a olha lhe quer mal..." . Assim era a avó Maria Boaventura.

Mas, com tudo isto, as fadas
São muito desconfiadas:
...

Quem as ofende... cautela!
A mais risonha, a mais bela,
Torna-se logo tão má,
Tão cruel , tão vingativa!
É inimiga agressiva,
É serpente que ali está!

E tem vinganças terríveis!
Semeiam coisas horríveis,
Que nascem logo do chão...
Línguas de fogo, que estalam!
Sapos com asas, que falam!
Um anão preto! um dragão!

Excerto de poema de Antero de Quental, As Fadas

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Quando encontrares uma fada...


...
Oh, se esta noite, sonhando,

Alguma fada, engraçando
Comigo (podia ser?)
Me tocasse com a varinha
E fosse minha madrinha,
Mesmo a dormir, sem a ver...

Mafalda, o dia 20 de Setembro , tem entre nós e os que te amam, a cumplicidade do teu nascimento.
Há nove anos, eu a esbugalhar os olhos para aprender a viver em Bruxelas e tu, por cá, a olhares como só tu o sabes fazer, toda a panóplia d médicos e enfermeiras e os teus babados familiares…. E tantos que são, felizmente. Por lá eu ria contente, por cá choravam de alegria...
Então, como forma de te festejar neste Mar à Vista, como há 3 anos acontece, vou dar-te uma dica de um belo poema que um dia fui convidada a ler numa festa para crianças, quando um senhor muito alto e de bigode farfalhudo queria ser Presidente deste país que se queria governável.
Vais partilhá-lo com o teu avô Zé Manel, que te fará uma leitura completa e que te explicará que na floresta da vida há fadas boas e más…e “QUANDO ENCONTRARES UMA FADA DEVES COM JEITO FALAR-LHE.”

As fadas… eu creio nelas!
Umas são moças e belas,
Outras velhas de pasmar…
Umas vivem nos rochedos,
Outras, pelos arvoredos,
Outras, à beira do mar…

Algumas em fonte fria
Escondem-se, enquanto é dia,
Saem só ao escurecer…
Outras, debaixo da terra,
Nas grutas verdes da serra,
É que se vão esconder…

O vestir… são tais riquezas,
Que rainhas, nem princesas
Nenhuma assim se vestiu!
Porque as riquezas das fadas
São sabidas celebradas
Por toda a gente que as viu…

de Antero de Quental " Fadas"

domingo, 18 de setembro de 2011

Para os amantes de gatos....









Este "amado gato",foi o testemunho de um encontro durante um belo passeio e um pacto de cumplicidade e afeto , o tempo que durou o passeio e a sua salvação, pois andava perdido.... e ,para mim, o verdadeiro testemunho que gato escaldado de água fria tem medo... ou seja , ele tem sempre medo da água fria mesmo sem se ter escaldado.



Aí os cães levam a melhor...



Momentos de ouro...


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Era uma vez...

Pintura de Carl Larsson


O que é feito de si?
Estranho a sua ausência...

Ecos do Fado (5)... quase na reta final









Pontuado por uma maior expressão onírica, podemos observar na obra de Júlio Reis Pereira (1902-1988), Principal ilustrador da revista
Presença - de que seu irmão José Régio, foi um dos diretores - o multifacetado Júlio, engenheiro, poeta e pintor, faz figurar a guitarra portuguesa em ambientes de vincada carga poética.
Na série desenhos Poeta produzidas desde o final da década de 70, Júlio recorre sistemáticamente à guitarra, transmutando-a em instrumento de fascínio aqui enfatizado na sua carga mágica e onírica.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Ecos do Fado (4)







Desenhos de Stuart Carvalhais." Ao atentarmos na ilustração das partituras, percebemos que à mudez das figuras representadas corresponde, invaiávelmente, a eloquência do gesto. No mesmo suporte, o discurso político de Stuart fez coincidir a música silenciada com a amplificação da sua dimesão cultural"

In catálogo da exposição

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Ecos do Fado (3)




No tríptico Lá Vem a Nau Catrineta Que Traz Muito que Contar, Almada fixou o imaginário da cidade, sintetizando a lenda em três cenas, desde a aventura dos mareantes no mar tenebroso, a fé na divina providência, o amor à pátria e à família.

Na primeira cena, os marinheiros mostram-se desesperados, enquanto o capitão busca por uma linha de terra. Nas velas, pairando sobre o navio, as sombras do diabo e da morte. Na segunda cena, central,um anjo da guarda figura junto ao mastro, enquanto no plano superior as três filhas do capitão agurdam o regresso da Nau. Uma guitarra portuguesa repousa no solo. Finalmente, a terceira cena, o desfecho feliz: a chegada a terra, a multidão dando largas à sua alegria e o capitão abraçando a três filhas.
De facto, mais do que o gosto dos portugueses pelo Fado, esta obra poderá testemunhar, o gosto dos portugueses por um final feliz.